segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Respeito

A globalização trouxe às pessoas de todo o mundo a oportunidade da informação imediata de tudo que se relaciona com o ser humano. Somente os indivíduos que não têm acesso aos meios de comunicação ficam isolados numa ilha de ignorância. Os demais sabem discernir o certo do errado, e aqueles que erram são conscientes e responsáveis por seus atos.

A família, agente direto na educação e formação dos jovens, tem falhado em sua missão pela omissão, desatenção, desintegração ou por falta de condições essenciais para transmitir conhecimentos e exemplos. A escola, no seu papel de educadora, deixa a desejar no sentido de fazer o educando compreender a importância dos valores. Assim, a geração atual está comprometendo as próximas pela deterioração da moral.O povo brasileiro está carente de respeito. A falta de respeito a tudo e a todos é constante. Os malcriados estão nas ruas depredando o bem público, jogando lixo nas calçadas e nas praças e dirigindo automóveis e motos como débeis mentais. Nos shoppings e nos supermercados, estacionam seus carros nos lugares reservados aos deficientes físicos e aos idosos e deixam os banheiros em estado lastimável. Nos cinemas, durante as sessões, conversam em voz alta e colocam os pés nas poltronas. Consideram os idosos estorvos, desprezando-os como se fossem criaturas inúteis.

O pior acontece dentro da família, onde tudo começa. A falta de respeito entre pais e filhos tem origem na falta de compreensão, de diálogo, de exemplo. Uma grande parte de pais não tem idoneidade paternal e, por conseguinte, não pode exigir nada de seus filhos.

Essa situação não é generalizada, mas preocupante, porque a expansão pode chegar a um nível insuportável. Nunca é tarde para começar a combater esse mal. Cada cidadão poderá fazer um esforço para mudar seus hábitos inconvenientes, a sua maneira no ambiente familiar, o seu estilo de ensinar, não se atendo só ao conteúdo programático, e também procurando exercer com rigor as suas funções para inibir os abusos que venham a ocorrer em seus setores fundamentais ao convívio social.

Cada um desempenhando bem o seu papel na sociedade e respeitando tudo que o cerca, talvez se consiga achar o caminho para uma vida em harmonia.



Antonio Dias Raitani

Eng. Agrônomo.




Texto publicado no Jornal A Notícia de 06/12/08.



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