segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Filhos, o reflexo de seus pais

AUTOR: Carlos Alberto Hang

De um lado temos alguns teóricos que tentam livrar das costas dos pais o peso do mundo das responsabilidades pela criação dos seus filhos e doutro temos pais tentando nomear a escola, o governo e a sociedade como responsáveis diretos pela educação deles, sendo que, quando os atos dos filhos são bons, os pais querem assumir os méritos, e quando negativos, a culpa passa a ser de terceiros.

Existe cada dia mais uma mentalidade romântica a respeito de ter filhos na maioria dos casais, os quais debruçam esta questão desconectados da responsabilidade que isto encerra. Desde pequenas, as crianças tendem a imitar aos comportamentos dos adultos, o que é natural e necessário para viver em sociedade, e o fazem através da observação e brincadeiras. Vivencia-se em seu lar pais discutindo na maioria do tempo e irmãos não respeitando aos pais e aos demais, o que aprenderá e tomará como ação sua a posteriori?

Toda forma extrema de educação é questionável, desde a falta de atenção até a atenção exagerada, por exemplo. Filhos são e devem ser sim de responsabilidade dos pais e se eles têm comportamentos inadequados na maioria do tempo - e, além dos limites toleráveis, alguma coisa está errada e, não poucas vezes, diz respeito à educação que estão recebendo.

Limite é uma palavra que deve ser sinônimo na educação de crianças e jovens, assim como Comunicação. O que temos visto são pais voltando a ver seus filhos como miniadultos como era na Idade Média, pois atribuem a eles uma postura como capazes de decidir e de desejar o que mal compreendem ainda, por exemplo. Está existindo, em nome da moderna educação, muita conversa além dos limites da compreensão da criança em nome da tal comunicação que foi idealizada e doutrinada como o melhor caminho, mas é dada pouca demarcação de limites e exemplos positivos a serem seguidos.

Uma criança que, cada vez que os pais voltam para casa, recebe um presente, que impacto será receber outro no Natal e em seu aniversário se não o for de uma multiplicidade de valor dos que já têm recebido? Tenho receio do resultado final e pena da maioria dos pais que conhecemos, os quais exageram em diversas ordens na educação de seus filhos. Devem ter em mente que os filhos serão, a princípio, reflexo do comportamento dos pais e depois da sociedade em que estiverem inseridos.

Pais que querem ter filhos interessados em educação não precisam ficar dizendo do quanto isso é importante para a vida, mas demonstrar aos filhos através de seus próprios atos o grau de importância que o tem.

Se querem filhos leitores, que sejam pais leitores. Se querem filhos que respeitem e sejam justos com os demais, que sejam pais que mostrem respeito e sejam justos com as pessoas diante de seus filhos. E o que dizer da falta da presença dos pais na vida de seus filhos, como em reuniões do colégio, apresentações artísticas dos filhos e outras ações que fogem da rotina e que são marcantes para seus filhos?

Um filho que não vê seu pai sendo gentil e amoroso com sua mãe, poderá sim ter grandes chances de ter dificuldade de ser carinhoso e gentil para com as mulheres com quem se relacionará na vida adulta. Somos sim uma extensão de nossos pais, claro que, com nuances a se considerar, tanto é que não é raro um cônjuge dizer ao outro a famosa frase "você está igualzinho a tua mãe ou ao teu pai".

Sim, é bem provável, pois estes foram seus modelos de vida mais enraizados, que somados aos demais, temos os comportamentos atuais e não é nada fácil nos livrarmos de modelos já incorporados. Por que exige que seu filho respeite autoridades se eles o vê falando mal do governo, discutindo com policiais e sendo desrespeitoso com os professores de seu filho?

Como quer que seu filho vá à Igreja se tu mesmo falta tal compromisso ou reclama quando tem que ir? Quantos pais levam seus filhos a passearem num museu? Quantas famílias têm uma - pequena que seja - biblioteca e os filhos vêem seus pais lendo ou estes lendo para seus filhos?

Vivemos num mundo simbólico e, sendo assim, se os filhos fazem relação da figura dos pais com livros, por exemplo, terão um impulso de gostar de livros em sua vida, seja para se sentirem perto dos pais, seja como meio de demonstrar o quanto gostam deles através deste suporte simbólico, seja como uma busca por um tempo que se foi e que sentem saudades. Quando for reclamar do comportamento de seus filhos, procure antes refletir do quanto ele poderá estar te imitando e o que pode ter feito ou estar fazendo que está provocando tais comportamentos.

Sim, seus filhos têm livre arbítrio sim, mas é relativo, assim como você tem uma colaboração ímpar em todo o processo educacional.

Seja o exemplo do que gostaria que seja seu filho, pois algo de ti irá refletir na vida dele, pode ter certeza, e esperamos que sejam os bons exemplos e que estes venham a fazer a diferença na vida deste futuro adulto.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A ética, a união e o sucesso

AUTOR: José Ricardo Corrêa Maia

Na portaria de uma organização se encontravam três pessoas.
Então o porteiro questionou:
- Vocês podem aguardar na recepção. Desejam falar com quem?
Eles responderam:
- Não podemos entrar sem a aprovação dos colaboradores.
Os colaboradores estão numa assembléia neste momento. Vocês três podem aguardar na recepção.
- Não podemos entrar os três juntos, explicaram.
- Por quê? Quis saber o porteiro.
Uma senhora apontou para outra senhora e explicou:
- O nome dela é União. Depois apontou para um senhor.
- O nome dele é Sucesso e eu me chamo Ética. Comunique aos colaboradores e diretores para que eles decidam qual de nós eles desejam para esta organização.
O porteiro fez o comunicado.
- Que bom! Já que é assim, vamos convidar o Sucesso. Disse o gerente financeiro que teve a adesão de diversos colaboradores.
A gerente de recursos humanos não estava de acordo:
- Por que não convidamos a União?
Entretanto, alguns colaboradores questionavam:
- Não seria melhor convidar a Ética?
- Neste momento o diretor- presidente se pronuncia:
- Vamos escutar o conselho destes nossos colaboradores e convidar a Ética.
Então um representante dos colaboradores saiu e perguntou-lhes:
- Qual de vocês é a Ética? Por favor, entre e seja nossa convidada.
A Ética começou a avançar para a organização.
Os outros também o seguiram.
Surpreso, o representante dos colaboradores perguntou à União e ao Sucesso:
- Eu convidei a Ética, vocês também entrarão?
Eles responderam juntos:
- Se tivessem convidado a União ou o Sucesso os outros dois permaneceriam aqui fora, mas já que vocês convidaram a Ética, nós também vamos com ela porque nós sempre a acompanhamos.

Este é um conto para mostrar os benefícios da ética.

Você tem convidado a ética para o seu lar, para acompanhá-lo em sua profissão ou em seus negócios?

Num domingo ensolarado ao aguardar na fila do ferry-boat que atravessa a Baia Babitonga ocorreu que um “espertinho” tentou furar a fila, mas 2 cidadãos reclamaram para os operários da balsa e para policiais que ali estavam e a ética prevaleceu e o jeitinho perdeu.

A falta de ética destrói lares, empresas e nações.

Se nossos governantes tivessem um pingo de ética, não desviariam verbas, não teríamos os mensalões e o dinheiro teria o destino certo e as chuvas que ocorrem historicamente no verão brasileiro poderiam ser um pouco menos trágicas sem extirpar centenas de vidas.

Faça a sua parte e transmita o vírus da ética fazendo-o entrar em diversos lares. Tenho esperança que a ética saíra do risco de extinção. E você?